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Como evitar vazamentos em tubulação de gás

Atualizado: 17 de nov. de 2020

Como evitar vazamentos em tubulações? Veja recomendações

Vazamentos na tubulação de gás precisam ser rapidamente detectados e resolvidos devido ao grande risco de explosões. Para garantir a segurança do sistema, a principal providência a ser tomada acontece antes mesmo das falhas surgirem. É preciso contar sempre com auxílio de profissional capacitado, desde o projeto até a manutenção pós-obra. “A maioria dos defeitos é causada por erros de especificação e execução”, destaca o engenheiro Ederson Ismael Baiardi Fanti, sócio diretor da EFPE Projetos e Engenharia. Os cuidados na etapa de projeto envolvem o conhecimento pleno do tipo de material que será aproveitado, pois cada um tem características próprias e exige cuidados diferentes. O responsável pela especificação tem que estar atento, por exemplo, à determinação da correta solução de vedação e na maneira certa de proteger contra corrosão os elementos metálicos enterrados. Também é preciso adequar as tubulações de gás aos demais sistemas da edificação, isso porque o encanamento não pode sofrer com impactos ou vibrações.


Disposição das tubulações

Quando existe a necessidade de atravessar garagens ou áreas com fluxo de veículos, a tubulação deve ser ainda mais protegida. Nesse caso, o profissional responsável pela instalação precisa ter atenção redobrada na execução de conexões e emendas dos tubos, sempre respeitando as informações que constam no projeto. Requisito fundamental é evitar que as tubulações fiquem em ambientes confinados que favoreçam o acúmulo de gás em eventuais vazamentos. “O sistema não pode passar por dentro de furos de blocos, dutos de ventilação ou lixo, chaminés, próximo de aquecedores, cabines e shafts elétricos, entre outras”, adverte o especialista. O ideal é que seja alocado em local ventilado.


Grelhas de ventilação

Geralmente, as unidades habitacionais já recebem soluções para garantir a ventilação na cozinha, com o objetivo de evitar o acúmulo de gás e também da fumaça gerada pelo preparo dos alimentos. Já em casos específicos, quando não há nenhum tipo de passagem de ar, as grelhas de ventilação são alternativas interessantes. “Em ambos os casos, a ventilação precisa ser cruzada, de maneira a forçar a saída do gás ou fumaça”, diz Fanti.


Instalações elétricas e mecânicas

Quando as instalações elétricas e as tubulações de gás estão próximas, existe a possibilidade de uma faísca causar explosões. No entanto, o acidente ocorre somente se houver acúmulo de combustível somado com a disponibilidade de oxigênio. Também por isso é de extrema importância manter o ambiente ventilado. Já em relação aos sistemas elétricos e mecânicos, os cuidados se limitam à correta execução dos circuitos e a realização periódica de manutenção preventiva nas tomadas e interruptores. Afinal, o desgaste é um dos principais motivos que elevam a possibilidade da ocorrência de faíscas.


Estanqueidade

A estanqueidade do sistema de gás tem relação direta com a correta execução das conexões e com o procedimento de instalação dos aparelhos. “Profissionais capacitados e com conhecimento dos materiais empregados são capazes de garantir a total segurança”, afirma o engenheiro. Além disso, depois de terminada a obra, as normas técnicas exigem a realização de testes de estanqueidade em toda a rede, de maneira a garantir que não existam vazamentos.


Normas técnicas

As principais normas técnicas que norteiam o projeto e a execução do sistema são a ABNT NBR 15526 — Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais — Projeto e execução; a ABNT NBR 13103 — Instalação de aparelhos a gás para uso residencial — Requisitos; e a ABNT NBR 13523 — Central de gás liquefeito de petróleo – GLP.


Manutenções preventivas

A norma de instalações residenciais indica que a manutenção seja realizada somente quando constatado algum problema. “No entanto, o Corpo de Bombeiros exige que sejam executados verificações e testes de estanqueidade sempre que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) for renovado”, informa o especialista. Sobretudo, o prazo varia de acordo com a tipologia da edificação e também muda de acordo com a legislação estadual. “É sempre recomendada inspeção visual anual, principalmente em instalações comerciais”, recomenda.


O Papel dos proprietários e síndicos

Em condomínios residenciais, os proprietários e síndicos têm papel fundamental para evitar acidentes relacionados aos vazamentos de gás. “Existem duas situações diferentes por conta do tipo de solução empregada: GLP (gás liquefeito de petróleo) e GN (gás natural)”, explica Fanti. Para cada uma delas, há um procedimento. Ademais, se o sistema for de GLP, o primeiro passo é cortar imediatamente o fornecimento e acionar um profissional especializado para localizar o vazamento e fazer as devidas correções. “Esse tipo de gás, normalmente, não conta com empresa responsável pela manutenção e segurança. A fornecedora costuma atuar somente na central de gás”, fala o engenheiro. Já no caso do GN, a tubulação toda está ligada à rede das concessionárias, sendo que boa parte delas atua com sistema de medição individualizada e executa manutenções da rede. Com isso, a empresa fornecedora precisa ser acionada. A distribuição é interrompida somente no trecho onde for localizado o vazamento. A construtora também deve entregar aos proprietários um manual de boas práticas. No documento são informadas ações simples que evitam acidentes relacionados ao vazamento de gás. Por exemplo, não sobrecarregar circuitos elétricos, evitar o uso de extensões ou benjamins, não acender ou apagar as luzes quando sentir cheiro de gás, entre outras. “Isso é válido para a edificação toda, não sendo diferente para instalações prediais de gás”, ressalta o especialista.


Consertando vazamentos

Uma vez identificado o vazamento, deve ser analisado se é um problema pontual ou se foi causado pela má conservação da rede. Além disso, essa análise indica se toda a tubulação foi ou não comprometida. “O primeiro passo é purgar a rede. Depois, ocorre a substituição do trecho ou conexão. Por fim, executa-se o ensaio de estanqueidade para posterior ligação da rede”, finaliza Fanti.





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