A drenagem urbana é um dos principais impactos da engenharia civil no dia a dia de todos os cidadãos.
Esse é um sistema de extrema importância para retirada da água precipitada nos meios urbanos evitando alagamentos em vias e imóveis.
Nesse texto, separamos algumas das perguntas mais frequentes quando se trata de drenagem urbana.
O que é drenagem urbana?
É o gerenciamento da água da chuva que escoa no meio urbano.
Drenagem urbana é um conjunto de critérios que buscam diminuir ao máximo possível, os possíveis riscos à população.
Esse sistema também pretende minimizar os prejuízos que podem vir a acontecer por conta de inundações, permitindo que o desenvolvimento urbano ocorra da melhor maneira possível.
Como funciona a drenagem urbana?
Para que o funcionamento desse gerenciamento ocorra de forma adequada, é necessário entender que esse é um sistema composto por quatro passos iniciais importantes.
O primeiro fator são os aspectos sociais.
É de extrema importância considerá-los, afinal, ele engloba as localidades onde há aglomeração populacional, o que o torna crucial, tendo em vista que essas são as áreas mais impermeabilizadas.
Outro fator vital a ser analisado é o aspecto legal e institucional regido pela prefeitura. Pois no Brasil, ela que é responsabilizada por determinar as regras da elaboração e a execução dos sistemas de drenagem urbana.
Os outros dois aspectos a serem analisados são o tecnológico e os impactos ambientais.
O primeiro é focado nas técnicas de escoamento a serem utilizadas, já o segundo se preocupa com os impactos da urbanização, como a poluição difusa ou aumento da vazão gerada pela impermeabilização do solo e como a água será encaminhada a rios, mares e bacias.
Como realizar a drenagem urbana?
A drenagem urbana deve ser desenvolvida começando pelo projeto, que engloba análise do histórico de chuvas da região, tipo de empreendimento a ser executado e local de lançamento das águas coletadas.
No projeto deve ser analisado o risco aceitável, ou seja, o quanto de impacto no fluxo de veículos será permitido e isso se dá principalmente pela adoção de um período de retorno compatível.
Este período de retorno pode ser de 5 a 10 anos em bairros com pouco fluxo de veículos ou de 25 a 50 anos em rodovias.
Quanto maior o período de retorno, maior será a intensidade pluviométrica considerada, minimizando assim os riscos de alagamentos, uma vez que toda a infraestrutura será dimensionada com base nesta intensidade.
Outro aspecto importante é a análise da taxa de permeabilidade naquele empreendimento. Isso remete ao quanto da chuva precipitada irá escoar superficialmente.
Estes são alguns pontos de análise do aspecto hidrológico do sistema de drenagem urbana.
Mas, temos outros como tempo de concentração, área de captação e mananciais existentes.
Todos estes pontos abordamos de forma mais completa em nosso curso de Projetos de Drenagem Urbana.
Além dos aspectos hidrológicos, temos que avaliar os componentes do sistema, listados abaixo, e dimensioná-los corretamente.
São eles:
Pavimentos de rua;
Guias e sarjetas;
Bocas de lobo;
Galerias de drenagem;
Sistemas de detenção e infiltração de lotes de pavimento;
Trincheiras e valas.
Pelo fato de não existir uma norma ABNT ou um código nacional de projetos de Drenagem Urbana, a definição de exigências para a elaboração do projeto e execução fica a cargo das prefeituras.
Este é um problema grave, pois muitos municípios não possuem capacidade técnica para geração de um código de projetos.
Levando em consideração este ponto, cabe ao profissional aplicar as técnicas corretas para
o projeto e execução dos sistemas de drenagem.
É no projeto que se verifica a capacidade de escoamento, desde o conjunto guia-sarjeta até o lançamento em um manancial, passando pelas bocas de lobo, caixas coletoras, ramais de drenagem, poços de visitas, redes e galerias, dissipadores e canais.
Kommentare